A necropolítica é um termo utilizado para descrever as estratégias políticas e práticas de governo que visam o controle da vida e da morte de uma determinada população. A origem do termo remonta ao trabalho do filósofo camaronês Achille Mbembe, que argumenta que a necropolítica tem sido uma prática constante em muitos regimes políticos ao longo da história. A necropolítica se manifesta de várias formas, desde genocídios e massacres até a negligência e falta de acesso a recursos básicos, como água e alimentos. O objetivo final é controlar a morte e a vida dos indivíduos, transformando-os em seres descartáveis e descartáveis, sujeitos a serem eliminados sem qualquer justificativa ou explicação. Essas práticas são frequentemente justificadas por ideologias de raça, gênero, religião ou classe social, resultando em uma sociedade profundamente fragmentada e segregada. A necropolítica acaba criando a ideia de que algumas vidas importam mais do que outras, levando à desvalorização de pessoas marginalizadas e vulneráveis. Embora a necropolítica tenha sido empregada historicamente por regimes autoritários e ditatoriais, ela também pode ser vista em democracias liberais, onde a política de segurança e a aplicação da lei muitas vezes visam manter o controle sobre as populações marginalizadas. O reconhecimento da existência da
necropolítica é importante para entendermos como o poder é exercido e como ele pode ser perpetuado através do medo, da destruição e da violência. É fundamental que sejam implementadas políticas públicas que visem a proteção da vida em todas as suas formas, promovendo a justiça social e a igualdade.