A cabanagem foi um movimento político que ocorreu na região amazônica do Brasil, entre os anos de 1835 e 1840. A revolta foi motivada por diversas razões, principalmente pelos abusos cometidos pela elite política que governava a região. A cabanagem ganhou apoio popular, principalmente entre os cabanos (população pobre e marginalizada), que se rebelaram contra a opressão e os privilégios de uma elite branca e rica. Durante a cabanagem, muitas lutas e conflitos ocorreram, resultando em uma grande perda de vidas. Os cabanos, liderados por figuras carismáticas como Eduardo Angelim e Félix Malcher, conseguiram tomar o controle de Belém, a capital da região, e estabelecer um governo próprio. A
cabanagem também teve impacto nas relações com outras regiões do Brasil, já que o movimento foi considerado uma ameaça ao poder centralizado do império. No entanto, a luta dos cabanos foi duramente reprimida pelas forças imperiais, que retomaram o controle de Belém em 1840. Muitos dos líderes cabanos foram mortos ou exilados, e a região amazônica continuou a sofrer com a exploração e a marginalização de sua população. Apesar de sua derrota militar, a cabanagem deixou um legado importante na história do Brasil. O movimento mostrou que a população pobre e marginalizada podia se rebelar contra a opressão e lutar por seus direitos. Além disso, a luta dos cabanos contribuiu para uma compreensão mais profunda das complexidades políticas e sociais da região amazônica, bem como para uma valorização da diversidade cultural e étnica da população brasileira.